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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Artigo de Opinião - Vamos pensar no meio ambiente


Lagoa de Dentro, comunidade da região litorânea do Ceará. Conhecida por suas belas lagoas, não há ninguém do município - Beberibe- que não tenha vindo aqui. Porém, esse patrimônio natural está próximo a ser contaminado, ou até mesmo exaurisse, já que moradores que possuem terrenos próximos a margem da laguna principal, lavam roupa e jogam lixos nas águas. Sendo que esse último não só os moradores o fazem, mas também os visitantes.
Dados da Unesco mostram que bilhões de pessoas no mundo utilizam cerca de 54% de água doce disponível em rios, lagos e aquíferos.  Aqui não diferente, pois, muitos retiram da lagoa água para o consumo. Sem falar nos que dependem da laguna para alimenta-se e complementar sua renda, e nos que nela encontram lazer, fazendo as famosas "paneladas" e praticando esportes próximos a nascente.
Porém, a maioria dos que desfrutam dos recursos hídricos  são os mesmos que o poluem. Mal sabendo eles que os resíduos que são jogados na laguna podem ser engolidos por peixes, e o pior, o produto químico do sabão contém nutrientes como o fósforo  que em excesso pode provocar a eutrofização dos corpos d'água e consequentemente a proliferação de algas, que causam mau cheiro, gosto ruim na água e mortandade de peixes por asfixia, já que durante o peri´do noturno ela retira o oxigênio da água. E corpos d'água contaminados transitem doenças como disenteria e hepatite. Convenhamos que não é nada agradável banhar-se e beber a água de um local como esse.
E o que me deixa mais triste é saber que aqueles que não poluem a água e que são os mais prejudicados, não se manisfestam para mudar á situação, pois, segundo eles só iria trazer conflitos e não chegaria a lugar nenhum. Nem mesmo os líderes -vereadores- da comunidade dão relevância a esse assunto, e dizem que apenas poderão fazer algo se ganharem as eleições. Logicamente quem se dá bem nessa história são proprietários dos terrenos próximos  a margem, que contestam que as terras são deles e fazem o que quiserem.
Acredito que poderíamos resolver  a situação, se formássemos mutirões para conscientizar as pessoas, principalmente os visitantes, e falar com os responsáveis dos danos,mas ninguém se manisfestar. Então sei se minha localidade é muito pacifista, por não querer gerar conflitos, ou muito acomodada, apenas tenho a certeza de que precisamos rever nossa crença de que a água é abundante, porque isto depende de como utilizamos este recurso. Mas não perco a esperança de que um dia essa situação seja revertida, pois, está contido Código Florestal, art.2, que área que possuem importâncias ecológicas como morros, rios e lagoas podem se tornar uma Área de preservação Permanente. E segundo a Lei Municipal, art. 24, serão punidos aqueles que utilizarem indevidamente ou degradaremos mananciais. Então o que me basta é esperar que a lei se cumpra.
Juliana Nascimento

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